quinta-feira, 19 de julho de 2012

O espetacular Peter Parker ou Homem-Aranha 4?

Este novo filme do Homem-Aranha tem tantos por menores, que quando espantei já estava com quatro páginas escritas sobre o filme, ou seja, ninguém iria aguentar ler aquilo tudo em um blog. Portanto vou TENTAR ir direto aos pontos principais, sabendo que ainda pode haver muito a se dizer.

Pois bem. O que justifica o título do post é a boa atuação do jovem Andrew Garfield. Bastante expressivo. Chora, sorri, faz caras e bocas com facilidade, o que torna seu personagem mais palpável. Fora o fato dele ser fisicamente mais Peter Parker e Homem-Aranha do que o Tobey Maguire. Alguns críticos citam o fato de tanta expressão e tanto chororô, não contribuirem para desenvolvimento algum do personagem, porém isso é um problema de roterização e direção. Aliás, deveria trocar o titulo do post para "O espetacular elenco de Homem-Aranha contra as idéias do roteirista e seu diretor".

E é o carisma do elenco que te segura por toda a projeção. A química fantástica entre a Gwen Stacy (vivida pela Emma Stone) e o Peter, assim como Sally Field que sofreu um pouquinho para fazer a tia May mas que tinha um Martin Sheen perfeito como tio Ben. Todos esses bem explorados e bem dirigidos durante todo o primeiro longo ato do filme, até que o diretor Marc Webb lembra-se que a audiência pagou ingresso para ver as aventuras do Homem-Aranha e não mais um episódio de Dawson's Creek ou Barrados no baile. Aí, tudo começa a ficar mais irregular. Fora o show de péssimas idéias e escolhas.

O "descuido" da direção fica evidente ao tentarem desenvolver o vilão da estória, o Lagarto. O Dr. Curt Connors interpretado por Rhys Ifans não goza do meu tempo e cuidado que Willem Dafoe e Alfred Molina tiveram nos longas de Sam Raimi. Enquanto Duende Verde e Dr. Octopus marcaram com cenas antológicas (Norman Osborn perdendo a sanidade conversando consigo mesmo em frente a um espelho e o surgimento do Dr. Octopus na sala de cirurgia) a presença do Lagarto soa como totalmente desnecessária para o longa. O roteiro quer criar tanto mistério com o passado do personagem, que acaba deixando-o sem chão, sem alicerce algum (lembrando que nos quadrinhos quem dá toda carga dramática ao personagem do Lagarto e a família do Dr. Connors, totalmente esquecida pelo filme). Há uma cena no esgoto em que o Dr. Connors dá uma de "Norman Osborn" (quem já viu sabe do que estou falando) mas a cena é mal dirigida e mal roterizada, perdendo totalmente o impacto. Outro ponto brochante com o vilão é o seu "plano maléfico"; transformar toda população de Nova York em... lagartos, putz!? Really?

E o problemas não param por aí. Por quê um monte de lagartos começam ir para o esgoto? Eles estão indo em busca do seu semelhante? Bom, dai eles chegam lá, e fazem o quê? (lembrando que os pinguins do Batman de Tim Burton tinham uma finalidade). Para quê mexer na estória dos pais de Peter sendo que isso nunca foi importante nos quadrinhos e o filme não dá as devidas explicações também (lembrando que se o filme se propõe a contar a origem do personagem, ele deve fazê-lo! Assim como em Batman Begins por exemplo).

Mas, o surpreendente é que apesar de tudo isso, eu acho que o filme tem salvação. Embora esta nova aventura do aracnídeo tenha sido concebida como um novo começo, eu a encarei como uma continuação. Neste filme temos o primeiro amor do protagonista, um dos primeiros vilões, uma "tentativa" de contar uma origem desconhecida, enfim, elementos muito novos, que acrescentam a estória do Homem-Aranha no cinema. Por isso o chamo de Homem-Aranha 4. Se considerarmos ainda que a ultima vez que assistimos ao amigão da vizinhança na telona foi com o Péssimo e Tenebroso Homem-Aranha 3, esse tá no lucro. Nivelado por baixo, mas tá no lucro.



quinta-feira, 21 de junho de 2012

10 estratégias de manipulação através da mídia

Influenciado pelo post "Não desliguem o cérebro", lembrei-me que certa vez li um trabalho do Linguista americano Noam Chomsky, listando as 10 estratégias usadas para ludibriar o público.

Sem delongas vou postar os primeiros cinco tópicos, para reflexão do leitor do blog.

Não demorarei a postar a segunda parte, mas se você for a luta e buscar toda a lista na internet (ou por outro meio) já significará um grande passo para a sua auto-evolução. Quando o assunto é conhecimento, a acomodação é a pior inimiga.

10 estratégias de manipulação midiática - por Noam Chomsky.

 1- A estratégia da distração


O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto Armas silenciosas para guerras tranqüilas)”.


2- Criar problemas, depois oferecer soluções


Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.


3- A estratégia da gradação


Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.


4- A estratégia do deferido


Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.


5- Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade


A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê?“Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

terça-feira, 19 de junho de 2012

A cultura é a cura indica: Os filmes de Martin Scorsese


Quando resolvi fazer uma busca pela minha dvdteca, percebi que a maioria dos filmes que eu mais gostava da coleção, pertenciam a Martin Scorsese. Os Infiltrados, Ilha do Medo, Taxi Driver, Os Bons Companheiros. Portanto resolvi começar uma coleção dedicada a esse diretor.

 Além dos já citados, comprei Vivendo no limite e Cabo do Medo. E foi exatamente este segundo que motivou essa indicação.

Cabo do Medo está longe de ser uma obra-prima. Mas mesmo assim, o filme é muito bom. E isso só vem a ratificar a genialidade do diretor aqui homenageado. Conduzindo uma trilha por quase 90% do filme e com rápidos close-ups nos atores, Scorsese criou uma atmosfera impressionante que conseguiu manter minha esposa e eu em silêncio durante os exatos 90%. Não que falemos muito ou sejamos mal-educados. Mas a história de Cabo do Medo é tão simples que não conseguiria segurar ninguém, mesmo que este estivesse sedado e com camisa de força; Se não fosse o talento do diretor.

Os próximos da lista serão Cassino, A Invenção de Hugo Cabret e Touro Indomável. Este último considerado a obra prima do diretor; embora não sei se superará o impecável Os Bons Companheiros. Hugo é o mais recente da carreira. E mostrou a todos como o 3D deve ser usado. Concorreu ao Oscar, mas perdeu para O Artista. E Cassino; um filme de máfia dirigido por Martin Scorsese, despensa comentários.

Com certeza você já viu um filme de Scorsese e gostou muito, mesmo sem saber que é dele. Isso porque Martin é um diretor de ação. Um gênio, que trabalha com temas simples, (exceto em Ilha do Medo) costuma repetir seus atores (Leonardo Di Caprio, Robert De Niro) e mesmo assim consegue dirigir grandes sucessos de publico e critica.

A carreira de Scorsese é longa (graças a Deus). Os filmes que citei aqui, são apenas aqueles que vi, tenho e pretendo comprar por uma ordem que estabeleci. Porém outros dois merecem destaque: O Aviador e Gangues de Nova York.  

Se você costuma comprar ou locar filme baseando-se nos atores famosos, experimente essa nova experiência e considere o diretor também. Assim você começa a perceber a assinatura de cada diretor e começa aprender um pouco mais sobre a sétima arte.

Se você ainda não viu nenhum dos filmes que citei aqui, você provavelmente tem algum problema mental, é um extraterrestre ou deve ter onze anos (já que todos os filmes tem uma temática adulta, exceto A Invenção de Hugo Cabret).

Mas, a intenção do Blog é ajudar a todos. Portanto se você não sabe por onde começar, aí vai um top 11.

1-      Os Bons Companheiros
2-      Táxi Driver
3-      Touro Indomável
4-       Ilha do Medo
5-      Os Infiltrados
6-      Cabo do Medo
7-      A Invenção de Hugo Cabret
8-      Cassino
9-      Gangues de Nova York
10-   O Aviador
11-   Vivendo no Limite

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O Pessimista


Não desliguem o cérebro!

Coincidentemente, ouvi esta mesma frase de dois caras que respeito bastante. O primeiro, o crítico de cinema Pablo Villaça e o musico e amigo particular Gustavo Martelli.

Ambos, cada um em sua área, queixavam-se do mesmo problema: A justificativa de certas pessoas para gostarem de porcaria. Desligar o cérebro de suas vidas estressantes.

Ouvir uma peça mais elaborada ou assistir a um filme que te faça refletir tem efeitos desestressantes muito mais eficazes do que assistir ou ouvir algo que em nada acrescenta a sua existência. A menos que relaxar, para você, signifique dormir.

O ser humano possui uma tendência ancestral a gostar do que é belo. Se você não gosta. Então o seu problema é de mal gosto e não stress.

Uma vez, uma pessoa me perguntou se eu não era feliz. Simplesmente por eu não gostar dos Funks (carioca),sertanojos e pagodinhos que ele gosta. Quando terminei de rir, concordei com ele. Sim, eu não sou feliz!

Como alguém pode ser feliz diante de tanta bobagem. Como as pessoas conseguem compactuar com a propagação da promiscuidade. Ser brega e burro está na moda. O mal está vencendo a luta pelo equilíbrio do universo.

Filmes e musicas ruins (e pessoas que gostem disso) sempre existiu. Mesmo na minha época, ou na época dos meus pais. Mas o Ying Yang ainda regia o equilíbrio e o bom senso das pessoas. Ou pelo menos, tínhamos o direito ao livre arbítrio garantido. Porém, está ficando cada vez mais difícil assistir a um filme legendado no cinema ou ir a um show de um artista que respeite a condição de humanos que somos e não faça musica para cachorras e marias não sei o que.

Infelizmente ainda não aprendi a desligar meu cérebro, talvez por isso, sou infeliz.

terça-feira, 29 de maio de 2012

MIB 3 e as viagens no tempo


Assistindo ao competente Homens de Preto 3, tomei coragem para dizer o que já pensava faz tempo. Todo mundo precisa assistir a todos os filmes que tenham viagem no tempo como tema.

O primeiro Homens de preto, nos apresenta um mundo completamente diferente. Uma temática que desfrutava do frescor de tudo que era inovador. Personagens carismáticos, diálogos afiados, bom humor e ação na medida certa. E claro, terno preto com óculos escuro. Muito estilo.

O segundo longa é para esquecer. Nada funcionou como no primeiro. Piadas desgastadas, aquele mundo que já não era mais novo para o espectador. Fracasso de bilheteria e crítica.

Por isso, é perfeitamente normal ir ao cinema com desconfiança. Porém, assistir ao terceiro capítulo da franquia foi uma experiência agradável e surpreendente.

Agradável, porque o diretor Barry Sonnenfeld, entendeu exatamente o que aconteceu de errado no segundo longa e tenta recuperar com segurança (as vezes até demais), todo o frescor do primeiro. O resultado é um filme mediano, morrendo de medo de ousar e pecar pelo excesso. Mas isso dá para superar.

O surpreendente fica por conta de três fatores. O primeiro, a atuação impecável de Josh Brolin interpretando o jovem agente K. O segundo fator é o roteiro escrito a quatro mãos por Etan Cohen, David Koepp, Jeff Nathanson e Michael Soccio (roteiros a quatro mãos não costumam dar muito certo) que introduziram um personagem interessantíssimo, que consegue vislumbrar as múltiplas realidades nos múltiplos universos paralelos. Contendo, inclusive, o conceito do caos. (este mais sutil, porém para quem conhece a teoria fica fácil reconhecê-la quando há uma referência). O terceiro fator é o final do filme. Desse não dá para falar nada pois é spoiler puro, mas o roteiro usa uma sacada super legal, que só o tema viagem no tempo poderia proporcionar, para presentear o espectador com um final que ninguém esperava.

E esse é o gancho para eu voltar a dizer: Todo mundo precisa assistir a todos os filmes que tenham viagem no tempo como tema. Ou qualquer referência ao tempo como fator relevante para o desenrolar da trama.
Quem não gosta de uma grande aventura com várias reviravoltas e finais surpreendentes? Pois é quase impossível, para um filme com esse tema, não conter estas características. Ai vai uma listinha básica dos filmes que eu já vi. Todos ótimos.

Trilogia – De volta para o futuro
Donnie Darko
O Efeito Borboleta
Primer
Em algum lugar do passado
A Casa do Lago
Alta frequência
Feitiço do tempo
A Máquina do tempo
O Homem do futuro
Trilogia – O Exterminador do futuro
Os 12 macacos
Jumanji
Star Gate
Perdidos no espaço
Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban
Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Antes que termine o dia
Um homem de família
O som do trovão
Click
Déjà vu
O vidente
O reino proibido
Te amarei para sempre
Star Trek
Contra o tempo
Meia-noite em Paris

Essa é a lista de filmes que consegui lembrar de ter assistido. Fazendo uma pesquisa descobri um blog que catalogou 122 filmes do gênero. Vale a pena conferir todos eles. Mesmo quando o filme não é bom o tema salva alguma coisa. Fora o fato que estes filmes despertam sutilmente no espectador, o desejo de estudar e pesquisar sobre matérias e assuntos que você nunca imaginou procurar por conta própria, como Física Quântica, Filosofia e História. É por isso que cinema é cultura. É por isso que a cultura é a cura.


 http://bttfpt.blogspot.com.br/2011/11/lista-de-filmes-com-viagens-no-tempo.html

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Os Vingadores: Vibrar como uma garotinha...tá liberado.


Primeiramente é bom começar colocando os pingos. Considero Batman o cavaleiro das trevas como um dos melhores “filmes de ação” desde Duro de Matar (recentemente tivemos o Missão Impossível 4) portanto ele não entra na minha categoria “filme de Heróis”. Esclarecimentos feitos. Posso dizer que Os Vingadores tem alguns problemas, mas mesmo assim, ele ainda é o melhor filme de Heróis desde Superman 1 e 2 (menção honrosa ao Homen Aranha 1)
A grande preocupação do publico era em ver como tantos heróis ficariam condensados de maneira uniforme dentro do mesmo universo cinematográfico. A resposta do Joss Whedon (diretor do fime) foi sacrificar o roteiro, estória? Para quê? Nós temos os campeões da terra, basta colocá-los o tempo todo na tela, esmurrando-se e fazendo piadas e está muito bom. E...não é que ficou bom mesmo.
Os personagens dão um show de carisma e seus interpretantes esbanjam confiança e segurança ao dizer suas falas. Notem Downey Jr. totalmente à vontade como Tony Stark, não é cansativo vê-lo desferir mais uma piada a cada fala. Mark Ruffalo faz o Bruce Banner que sempre quisemos ao longo desses anos, percebam como ele tenta ser comedido com cada palavra, sendo quase tímido, tudo é claro, para não deixar escapar seu verdadeiro eu, como notamos na cena em que ele é abordado pela primeira vez pela Viúva Negra. Por falar na Viúva... bem interpretada por Scarlett Johansson, protagoniza os melhores diálogos (sem piada) do filme, ambas envolvendo interrogatório. Loki é o vilão mais feliz dos filmes de Heróis. O ator Tom Hiddleston pôde mostrar seu belo sorriso durante todas as cenas em que aparece e fazer piada a lá Coringa em seu momento mais difícil no filme. Em contrapartida seu irmão Asgardiano vivido por Chris Hemsworth é o Herói mais forte menos influente do cinema, não segurando um plano sozinho sem que começássemos a achá-lo antipático. E o Capitão América, dispensa comentários: Chris Evans é o Capitão América (e não o Tocha Humana). Completando o grupo temos o sempre competente (quando o assunto é papeis secundários) Jeremy Renner como o Gavião Arqueiro. Ah sim, fora o fato de terem reinventado Nick Fury só para ser vivido por Samuel L.Jackson. Mas, ficou bom também.
E essa foi à ideia do Joss. Dirigir bem os atores e ensinar a Michael Bay como se dirige uma boa cena de ação. Ainda bem que isso sustenta bastante o filme, porque aquela “lutinha” sem propósito entre Thor, Homen de Ferro e Capitão América, não contribui em nada para o filme (apesar de visualmente muito boa).
Mas uma coisa, temos que considerar. O cara (Joss) tentou agradar a todo mundo e conseguiu. Mesmo na cena da “lutinha” meu lado crítico cinéfilo queria sair do cinema, porém, meu lado criança, meu lado Nerd que já cansou de ler, vibrar e sonhar com esses confrontos, falava mais alto e falou durante toda a projeção.
O filme não se preocupa com arcos dramáticos ou aprofundamento algum. É ação do começo ao fim e faz isso com competência, até porque todos os personagens já tiveram suas estórias e seus dramas contados em seus filmes solo, portanto esse projeto cumpre exatamente o seu propósito, agradando a todas as idades e a todos os gostos, dos mais críticos aos mais Nerds, ninguém tem coragem de dizer que não se divertiu assistindo Os Vingadores.  


Entre 1 e 5. Eles levam nota: 4. Ou seja, valeu muito a espera!!!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Jogos Vorazes e a esperança de mundo melhor

A produção e a equipe de marketing e divulgação do filme, fez questão de estampar o cartaz de “Jogos Vorazes” com a seguinte frase: “A nova febre mundial desde Harry Potter e a saga Crepúsculo”. Assistindo ao filme percebi que o único erro da franquia foi estampar o tal cartaz, pois o “longa” nada se assemelha aos outros citados. E não se parecer com Crepúsculo já é um elogio e tanto.

Jogos Vorazes é um filme sério. Com um tema adulto e bem atual. Ambientado em um mundo pós-apocalíptico, ser jovem naquele período não era tarefa fácil. A sociedade criou um torneio onde cada "distrito" envia dois jovens para lutarem até a morte, só um sai vivo. A protagonista interpretada por Jennifer Lawrence (Katniss Everdeen) é do distrito 12 (o último distrito) juntamente com seu "parceiro" Peeta, feito por Josh Hutcherson. O elenco do longa ainda conta com os trabalhos de Donald Sutherland, Lenny Kravitz (que acreditem, não compromete) e os sempre competentes Woody Harrelson e Stanley Tucci. Jennifer já tinha provado seu valor em um filme ainda mais dramático "O inverno da alma", portanto para Jogos Vorazes foi só manter a expressão fria, olhos expressivos e compenetrados com leves nuances de testa e sobrancelhas e...Voilà! Temos uma menina encarando uma grande responsabilidade. Como assistimos ao filme com os olhos da protagonista, não temos momentos alegres. Todo a película é composta por cenas de coragem, drama e muita tensão como podemos perceber no silêncio qual a estória vai se desenrolando (evite ir ao cinema no sábado).  

O único ponto negativo, fica para algumas invenções que podem tirar o expectador da imersão em que está, por exemplo, como a equipe de produção dos jogos conseguem criar coisas reais, com vida e realmente capazes de matar um jogador? Fora isso, o filme tentar passar uma lição a cada ato para os jovens de hoje. Responsabilidade, sobrevivência, amor, lealdade e a maior de todas as lições: Seja menos cabeça oca! Desligue o Big Brother, pare de alimentar a hipocrisia, falsidade, amoralidade, o entretenimento sujo e banal que nada nos engrandece.

Mas, eu sei que um “cabeça-oca” puro sangue, daqueles que além de assistirem ao Big Brother ainda são fãs do Gustavo Lima, não vão atentar a esses detalhes, as criticas que o filme faz a sociedade em que vivemos. No fim da projeção temos um filme propagado para jovens, protagonizado por jovens, porém com extremo respeito a seu publico, nos dando um sopro de esperança em meio a tanta bobagem que vemos e ouvimos e a tanto entretenimento burro.