terça-feira, 29 de maio de 2012

MIB 3 e as viagens no tempo


Assistindo ao competente Homens de Preto 3, tomei coragem para dizer o que já pensava faz tempo. Todo mundo precisa assistir a todos os filmes que tenham viagem no tempo como tema.

O primeiro Homens de preto, nos apresenta um mundo completamente diferente. Uma temática que desfrutava do frescor de tudo que era inovador. Personagens carismáticos, diálogos afiados, bom humor e ação na medida certa. E claro, terno preto com óculos escuro. Muito estilo.

O segundo longa é para esquecer. Nada funcionou como no primeiro. Piadas desgastadas, aquele mundo que já não era mais novo para o espectador. Fracasso de bilheteria e crítica.

Por isso, é perfeitamente normal ir ao cinema com desconfiança. Porém, assistir ao terceiro capítulo da franquia foi uma experiência agradável e surpreendente.

Agradável, porque o diretor Barry Sonnenfeld, entendeu exatamente o que aconteceu de errado no segundo longa e tenta recuperar com segurança (as vezes até demais), todo o frescor do primeiro. O resultado é um filme mediano, morrendo de medo de ousar e pecar pelo excesso. Mas isso dá para superar.

O surpreendente fica por conta de três fatores. O primeiro, a atuação impecável de Josh Brolin interpretando o jovem agente K. O segundo fator é o roteiro escrito a quatro mãos por Etan Cohen, David Koepp, Jeff Nathanson e Michael Soccio (roteiros a quatro mãos não costumam dar muito certo) que introduziram um personagem interessantíssimo, que consegue vislumbrar as múltiplas realidades nos múltiplos universos paralelos. Contendo, inclusive, o conceito do caos. (este mais sutil, porém para quem conhece a teoria fica fácil reconhecê-la quando há uma referência). O terceiro fator é o final do filme. Desse não dá para falar nada pois é spoiler puro, mas o roteiro usa uma sacada super legal, que só o tema viagem no tempo poderia proporcionar, para presentear o espectador com um final que ninguém esperava.

E esse é o gancho para eu voltar a dizer: Todo mundo precisa assistir a todos os filmes que tenham viagem no tempo como tema. Ou qualquer referência ao tempo como fator relevante para o desenrolar da trama.
Quem não gosta de uma grande aventura com várias reviravoltas e finais surpreendentes? Pois é quase impossível, para um filme com esse tema, não conter estas características. Ai vai uma listinha básica dos filmes que eu já vi. Todos ótimos.

Trilogia – De volta para o futuro
Donnie Darko
O Efeito Borboleta
Primer
Em algum lugar do passado
A Casa do Lago
Alta frequência
Feitiço do tempo
A Máquina do tempo
O Homem do futuro
Trilogia – O Exterminador do futuro
Os 12 macacos
Jumanji
Star Gate
Perdidos no espaço
Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban
Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Antes que termine o dia
Um homem de família
O som do trovão
Click
Déjà vu
O vidente
O reino proibido
Te amarei para sempre
Star Trek
Contra o tempo
Meia-noite em Paris

Essa é a lista de filmes que consegui lembrar de ter assistido. Fazendo uma pesquisa descobri um blog que catalogou 122 filmes do gênero. Vale a pena conferir todos eles. Mesmo quando o filme não é bom o tema salva alguma coisa. Fora o fato que estes filmes despertam sutilmente no espectador, o desejo de estudar e pesquisar sobre matérias e assuntos que você nunca imaginou procurar por conta própria, como Física Quântica, Filosofia e História. É por isso que cinema é cultura. É por isso que a cultura é a cura.


 http://bttfpt.blogspot.com.br/2011/11/lista-de-filmes-com-viagens-no-tempo.html

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Os Vingadores: Vibrar como uma garotinha...tá liberado.


Primeiramente é bom começar colocando os pingos. Considero Batman o cavaleiro das trevas como um dos melhores “filmes de ação” desde Duro de Matar (recentemente tivemos o Missão Impossível 4) portanto ele não entra na minha categoria “filme de Heróis”. Esclarecimentos feitos. Posso dizer que Os Vingadores tem alguns problemas, mas mesmo assim, ele ainda é o melhor filme de Heróis desde Superman 1 e 2 (menção honrosa ao Homen Aranha 1)
A grande preocupação do publico era em ver como tantos heróis ficariam condensados de maneira uniforme dentro do mesmo universo cinematográfico. A resposta do Joss Whedon (diretor do fime) foi sacrificar o roteiro, estória? Para quê? Nós temos os campeões da terra, basta colocá-los o tempo todo na tela, esmurrando-se e fazendo piadas e está muito bom. E...não é que ficou bom mesmo.
Os personagens dão um show de carisma e seus interpretantes esbanjam confiança e segurança ao dizer suas falas. Notem Downey Jr. totalmente à vontade como Tony Stark, não é cansativo vê-lo desferir mais uma piada a cada fala. Mark Ruffalo faz o Bruce Banner que sempre quisemos ao longo desses anos, percebam como ele tenta ser comedido com cada palavra, sendo quase tímido, tudo é claro, para não deixar escapar seu verdadeiro eu, como notamos na cena em que ele é abordado pela primeira vez pela Viúva Negra. Por falar na Viúva... bem interpretada por Scarlett Johansson, protagoniza os melhores diálogos (sem piada) do filme, ambas envolvendo interrogatório. Loki é o vilão mais feliz dos filmes de Heróis. O ator Tom Hiddleston pôde mostrar seu belo sorriso durante todas as cenas em que aparece e fazer piada a lá Coringa em seu momento mais difícil no filme. Em contrapartida seu irmão Asgardiano vivido por Chris Hemsworth é o Herói mais forte menos influente do cinema, não segurando um plano sozinho sem que começássemos a achá-lo antipático. E o Capitão América, dispensa comentários: Chris Evans é o Capitão América (e não o Tocha Humana). Completando o grupo temos o sempre competente (quando o assunto é papeis secundários) Jeremy Renner como o Gavião Arqueiro. Ah sim, fora o fato de terem reinventado Nick Fury só para ser vivido por Samuel L.Jackson. Mas, ficou bom também.
E essa foi à ideia do Joss. Dirigir bem os atores e ensinar a Michael Bay como se dirige uma boa cena de ação. Ainda bem que isso sustenta bastante o filme, porque aquela “lutinha” sem propósito entre Thor, Homen de Ferro e Capitão América, não contribui em nada para o filme (apesar de visualmente muito boa).
Mas uma coisa, temos que considerar. O cara (Joss) tentou agradar a todo mundo e conseguiu. Mesmo na cena da “lutinha” meu lado crítico cinéfilo queria sair do cinema, porém, meu lado criança, meu lado Nerd que já cansou de ler, vibrar e sonhar com esses confrontos, falava mais alto e falou durante toda a projeção.
O filme não se preocupa com arcos dramáticos ou aprofundamento algum. É ação do começo ao fim e faz isso com competência, até porque todos os personagens já tiveram suas estórias e seus dramas contados em seus filmes solo, portanto esse projeto cumpre exatamente o seu propósito, agradando a todas as idades e a todos os gostos, dos mais críticos aos mais Nerds, ninguém tem coragem de dizer que não se divertiu assistindo Os Vingadores.  


Entre 1 e 5. Eles levam nota: 4. Ou seja, valeu muito a espera!!!