segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Top 10 - Bilheteria do cinema nacional 2011

Estou repassando (porque não fui eu quem apurou) as dez maiores bilheterias do cinema brasileiro em 2011.
É triste perceber que, cinema para o público brasileiro ainda é sinônimo de besteirol.
Os dois melhores filmes desta lista estão em 5º e 6º lugares: O Homen do futuro (romance/aventura) e O Palhaço (drama). Como mostram os parênteses, o brasileiro continua evitando conteúdo e aplaudindo o entretenimento bobo e vazio.
De pernas pro ar, Cilada.com e Qualquer gato vira-lata são meras colagens de esquetes manjados dos programas de humor manjados escritos por Bruno Mazzeo e Cia.
Assalto ao banco central é a tentativa frustrada de fazer um filme de assalto moderno. Tomara que eles aprendam a lição.
Vip’s – roteiro sofrível, sem ritmo. Mas tem Wagner Moura, o “Al Pacino” brasileiro no elenco.
Bruna Surfistinha...”prefiro não comentar”.     
1-      De pernas pro ar
2-      Cilada.com
3-      Bruna Surfistinha
4-      Assalto ao banco central
5-      O Homen do futuro
6-      O palhaço
7-      Qualquer gato vira-lata
8-      Vip’s
9-      As mães de Chico Xavier
10-   O filme dos espiritos

Mas o cinema nacional está avançando.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Bota na conta do Pablo" - Amanhecer - parte 1

Muita gente me perguntou se eu não iria falar sobre “Amanhecer- parte 1”. Não. Não escreverei sobre Amanhecer. Primeiro porque eu não vou ao cinema para assistir a esse lixo. Segundo porque ainda não vivo das minhas críticas, portanto não tenho a obrigação de torturar minha esposa e a mim mesmo com “isso”. Toda a minha repugnância a “saga” Crepúsculo é embasada pelo melhor crítico de cinema do Brasil reconhecido em todo o mundo da crítica cinematográfica. Portanto, se não gosta da minha opinião...”bota na conta do Pablo”.
No “A cultura é a cura TV” tem o novo videocast do Pablo Villaça, mais uma vez, explicando porque Crepúsculo e sua saga são tão detestáveis.

Só negócios

O Blog existe há dois meses com o propósito de reverberar o culto a coisas importantes ao crescimento intelectual de todos nós. É claro que o entretenimento é sempre a prioridade da maioria de nós internautas, porém volta e meia, sou surpreendido por questões políticas.
O vídeo que está no “A cultura é a cura TV” mostra o ex-presidente Lula e o Governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral caindo na armadilha da oposição e mostrando suas verdadeiras faces para a população. Ou melhor, mostrando a verdadeira face da política brasileira. Um regime que apóia a desigualdade social, que apóia ONGs só para livrar-se de seus compromissos com o povo e agora mostra sua nova faceta para o publico: As UPPs.
Não se engane com o circo montado pela rede Globo, prisão de traficante famoso, polícia militar...putz. O tráfico continua forte e o “movimento” está ainda maior, já que agora não existe mais violência. É só negócios. Mas isso não está no vídeo e rende um outro post.
Este vídeo não é recente e provavelmente você já pode tê-lo assistido, mas sabe como é, “brasileiro tem memória fraca”, então sempre “vale a pena ver de novo” (ops, esse é um outro programinha bem batidinho não é?)

Very special thanks ao meu amigo Rômulo Piredda, que me mostrou o vídeo e levantou a questão.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Crítica: Reféns

Este ano, está difícil ir ao cinema. Contei nos dedos os bons filmes lançados. E para piorar, os cinemas da minha cidade (Campos dos Goytacazes) só exibem o circuito comercial. Tão comercial que já aconteceu o absurdo de todos os filmes em cartaz estarem dublados. Portanto, minha esposa e eu temos nos renegado à reclusão do nosso quarto, re-assistindo “O silêncio dos inocentes” ou “Táxi Driver”. Porém, não conseguimos resistir à boa companhia de um casal de amigos e acabamos assistindo ao novo filme do inconstante diretor Joel Schumacher, Reféns.
Joel sempre foi um diretor de filmes medianos a péssimos, e alguns dos “filmes da minha infância”, levam a direção dele como “Linha Mortal”, “Um dia de Fúria” e “Garotos Perdidos”. Todos contando com grande elenco e com “o poder Joel Schumacher de transformar histórias e roteiros medianos em thrillers medianos” (ou seja poder nenhum). Exatamente o que acontece em sua nova empreitada.
Kyle (Nicolas Cage) e Sarah (Nicole Kidman) formam um casal que moram em uma mansão, com sua filha “aborrecente” Avery (Liana Liberato) e são surpreendidos por bandidos que os fazem... Reféns!
Spoiler alert: Assim como acontece em “Por um fio” o filme e toda a ação acontece dentro de um único universo (a casa deles) tentando criar um ambiente claustrofóbico que envolva o espectador. Porém, os cenários são amplos e bem iluminados demais, tirando qualquer tentativa de tensão. As cenas que se passam fora da casa se mostram inúteis e meros escapes para o roteiro. Por exemplo, quando vemos a personagem de Liana fugindo para uma festa com uma amiga que quase bate na estrada, só para posteriormente vermos o roteiro utilizar esse recurso para eliminar um personagem. O próprio fato de fazer a menina fugir de casa já nos revela que a intenção do roteiro é usá-la como contraponto, só para que ela reapareça como um ponto de desestabilidade emocional para a família que até aquele momento estava conseguindo manter a situação. Outra péssima cartada do roteiro foi dar motivações aos bandidos. Contando a história de alguns através de flashbacks, com o intuito de fazer o espectador temê-los mais por conhecê-los (só que isso acaba revelando suas fraquezas e tirando a sensação de instabilidade e de que qualquer coisa poderia acontecer a qualquer momento) o roteiro se apresenta frágil, deixando que as “revelações” contadas pelos flashbacks se tornem o ponto alto da projeção e desviando a atenção para o que de fato é realmente grave, a vida da família correndo risco de morte.  Portanto, o longa começa a enrolar a audiência. Ameaça daqui, eu vou te matar de lá, quando na verdade sabemos (e até o personagem de Cage sabe) que não vão.
No fim das contas, o filme serve apenas para vermos Nicolas Cage em uma atuação mais madura. Sem aquele jeito Nick “freak” Cage de ser: Olhos esbugalhados, cara de maluco. Ele consegue dar o corpo e o tom que seu personagem exige, sem exageros, e só é prejudicado pelo roteiro que afunda todo o filme consigo. Já Nicole Kidman tenta fazer “das tripas o coração” para tentar passar ilesa pela dubialidade de seu personagem sem se afundar com o roteiro. Cabe a ela a maior reviravolta do filme (digna de novela das oito) porém, como seu parceiro de cena, é tragada pelo buraco negro do roteiro. E para piorar este filme é um remake de um filme que já era muito ruim.
Fato: Joel Schumacher continua um diretor de filmes medianos a péssimos. Medianos como “Por um fio”, ruins como “O número 23”, péssimos como “Batman e Robin”. Um verdadeiro vampiro de celebridades. Não sei como ele consegue atrair sempre boas caras de Hollywood para ridicularizá-los.  Nicole Kidman consegue se expressar melhor com menos Botóx e   Nicolas Cage continua escolhendo muito mal seus trabalhos.
De 1 a 5. Nota: 1,5

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A cultura é a cura indica: A escada para Booker T. Washington

The Ladder for Booker T. Washington.

Martyn Puryear é um artista que trabalha sempre com esculturas metafóricas, que sempre ampliam o sentido de suas obras à além do que se vê. A Escada de Puryear reflete técnicas de artesanato, que ele aperfeiçoou enquanto estudava na África Ocidental e na Escandinávia e o nome da peça é uma homenagem a um grande líder da luta pelos direitos iguais e contra o racismo nos Estados Unidos (Washington). Sua biografia (Up from slavery – A partir da escravidão) foi grande fonte de inspiração para Martyn Puryear.
A intenção do artista é retratar o árduo caminho de libertação da escravidão. Uma escada que não toca o chão, com caminhos sinuosos, tortuosos e que não alcança o topo. Refletindo também, a difícil luta contra o preconceito, que parece nunca acabar.
Tenho o privilégio de ter uma foto da obra de Puryear na minha sala de aula (no curso de idiomas onde leciono) e desde então é uma de minhas obras favoritas. Inspira-me todos os dias e conduz a minha própria interpretação. Essa é a escada da vida de todos nós. Não podemos mudar o passado e não podemos prever o futuro, o que resta é o meio. Sinuoso, tortuoso, mas para cima. Sabemos que existe um topo, mas não podemos vê-lo; E quem o alcança, não desce para contar como é. O crítico Michael Brenson declarou, “Puryear tem a habilidade de fazer uma escultura que é conhecida pelo corpo, antes de ser articulada pela mente”.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Um mundo para ajudar o Brasil

Recentemente, vi uma matéria em um telejornal, que dizia que o Brasil estava recebendo um comitê da ONU que iria fazer algumas pesquisas culturais e depois ajudaria o país no necessário.
Nessa visita, a ONU concluiu que o poder aquisitivo do brasileiro está melhorando cada vez mais, porém só dinheiro não basta. É preciso facilitar ainda mais o acesso a cultura e a educação. Um dos principais pontos que impedem o crescimento cultural do brasileiro é o número de mães solteiras, grávidas na adolescência (segundo a ONU). O percentual brasileiro é maior do que o da África do Sul.
Mas, como seria feita essa facilitação a cultura? Será que os nossos governantes realmente sabem o que significa cultura? Vamos ajudar. Cultura é o resultado da soma de tudo que está no habitat de cada ser. Por isso é bem comum encontrarmos pessoas com nenhum grau de escolaridade, mas com uma "culturalidade" extraordinária, com dons artísticos e com uma capacidade enorme de observar o mundo a seu redor.
Se quisermos nos aprofundar mais um pouco, podemos acrescentar a este conceito, o conhecimento dos usos, costumes, língua, linguagem, história, geografia politica e física de um país.
Pois bem, tudo isso, a escola (com ensino de qualidade) pode prover. O problema fica para o ultimo quesito: Artes.
As artes tem um papel fundamental na formação cultural do cidadão. O "negócio" é que ninguém da "bola para isso". A arte forma o ser subliminarmente. A música, o cinema (rádio, teatro e t.v) e as artes visuais em geral, exercem uma influência, que nem os pais conseguem sobre seus filhos. "O meio transforma o homem".
A maioria da população carece de educação e sensibilidade para admirar uma bela pintura ou fotografia. E não precisa estudar surrealismo, basta dedicar um minuto de um olhar mais atencioso e critico para uma peça. Por falar em peça. Ir ao teatro não só para assistir textos cômicos ou aos "bonitinhos da Malhação" também ajuda a entender um pouquinho o que é dirigir, produzir, atuar e iluminar um espetáculo. Isso também serve para a sétima arte. Você não estará em um evento culto, indo ao cinema assistir Cilada.com e as Branquelas. Muito menos fazendo do Funk (carioca) e do pagode, sua filosofia de vida, como infelizmente acontece com a maioria dos brasileiros.
Com tudo isso, podemos ver o quão árdua será a missão da ONU. Isso se eles realmente se envolverem, porque o Brasil (na figura de seus governantes) já deu as costas para o povo há muito tempo. Não formar um cidadão crítico é a tarefa número 1 dos políticos do nosso país.
Organização das Nações Unidas, boa sorte.