quinta-feira, 21 de junho de 2012

10 estratégias de manipulação através da mídia

Influenciado pelo post "Não desliguem o cérebro", lembrei-me que certa vez li um trabalho do Linguista americano Noam Chomsky, listando as 10 estratégias usadas para ludibriar o público.

Sem delongas vou postar os primeiros cinco tópicos, para reflexão do leitor do blog.

Não demorarei a postar a segunda parte, mas se você for a luta e buscar toda a lista na internet (ou por outro meio) já significará um grande passo para a sua auto-evolução. Quando o assunto é conhecimento, a acomodação é a pior inimiga.

10 estratégias de manipulação midiática - por Noam Chomsky.

 1- A estratégia da distração


O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto Armas silenciosas para guerras tranqüilas)”.


2- Criar problemas, depois oferecer soluções


Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.


3- A estratégia da gradação


Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.


4- A estratégia do deferido


Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.


5- Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade


A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê?“Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

terça-feira, 19 de junho de 2012

A cultura é a cura indica: Os filmes de Martin Scorsese


Quando resolvi fazer uma busca pela minha dvdteca, percebi que a maioria dos filmes que eu mais gostava da coleção, pertenciam a Martin Scorsese. Os Infiltrados, Ilha do Medo, Taxi Driver, Os Bons Companheiros. Portanto resolvi começar uma coleção dedicada a esse diretor.

 Além dos já citados, comprei Vivendo no limite e Cabo do Medo. E foi exatamente este segundo que motivou essa indicação.

Cabo do Medo está longe de ser uma obra-prima. Mas mesmo assim, o filme é muito bom. E isso só vem a ratificar a genialidade do diretor aqui homenageado. Conduzindo uma trilha por quase 90% do filme e com rápidos close-ups nos atores, Scorsese criou uma atmosfera impressionante que conseguiu manter minha esposa e eu em silêncio durante os exatos 90%. Não que falemos muito ou sejamos mal-educados. Mas a história de Cabo do Medo é tão simples que não conseguiria segurar ninguém, mesmo que este estivesse sedado e com camisa de força; Se não fosse o talento do diretor.

Os próximos da lista serão Cassino, A Invenção de Hugo Cabret e Touro Indomável. Este último considerado a obra prima do diretor; embora não sei se superará o impecável Os Bons Companheiros. Hugo é o mais recente da carreira. E mostrou a todos como o 3D deve ser usado. Concorreu ao Oscar, mas perdeu para O Artista. E Cassino; um filme de máfia dirigido por Martin Scorsese, despensa comentários.

Com certeza você já viu um filme de Scorsese e gostou muito, mesmo sem saber que é dele. Isso porque Martin é um diretor de ação. Um gênio, que trabalha com temas simples, (exceto em Ilha do Medo) costuma repetir seus atores (Leonardo Di Caprio, Robert De Niro) e mesmo assim consegue dirigir grandes sucessos de publico e critica.

A carreira de Scorsese é longa (graças a Deus). Os filmes que citei aqui, são apenas aqueles que vi, tenho e pretendo comprar por uma ordem que estabeleci. Porém outros dois merecem destaque: O Aviador e Gangues de Nova York.  

Se você costuma comprar ou locar filme baseando-se nos atores famosos, experimente essa nova experiência e considere o diretor também. Assim você começa a perceber a assinatura de cada diretor e começa aprender um pouco mais sobre a sétima arte.

Se você ainda não viu nenhum dos filmes que citei aqui, você provavelmente tem algum problema mental, é um extraterrestre ou deve ter onze anos (já que todos os filmes tem uma temática adulta, exceto A Invenção de Hugo Cabret).

Mas, a intenção do Blog é ajudar a todos. Portanto se você não sabe por onde começar, aí vai um top 11.

1-      Os Bons Companheiros
2-      Táxi Driver
3-      Touro Indomável
4-       Ilha do Medo
5-      Os Infiltrados
6-      Cabo do Medo
7-      A Invenção de Hugo Cabret
8-      Cassino
9-      Gangues de Nova York
10-   O Aviador
11-   Vivendo no Limite

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O Pessimista


Não desliguem o cérebro!

Coincidentemente, ouvi esta mesma frase de dois caras que respeito bastante. O primeiro, o crítico de cinema Pablo Villaça e o musico e amigo particular Gustavo Martelli.

Ambos, cada um em sua área, queixavam-se do mesmo problema: A justificativa de certas pessoas para gostarem de porcaria. Desligar o cérebro de suas vidas estressantes.

Ouvir uma peça mais elaborada ou assistir a um filme que te faça refletir tem efeitos desestressantes muito mais eficazes do que assistir ou ouvir algo que em nada acrescenta a sua existência. A menos que relaxar, para você, signifique dormir.

O ser humano possui uma tendência ancestral a gostar do que é belo. Se você não gosta. Então o seu problema é de mal gosto e não stress.

Uma vez, uma pessoa me perguntou se eu não era feliz. Simplesmente por eu não gostar dos Funks (carioca),sertanojos e pagodinhos que ele gosta. Quando terminei de rir, concordei com ele. Sim, eu não sou feliz!

Como alguém pode ser feliz diante de tanta bobagem. Como as pessoas conseguem compactuar com a propagação da promiscuidade. Ser brega e burro está na moda. O mal está vencendo a luta pelo equilíbrio do universo.

Filmes e musicas ruins (e pessoas que gostem disso) sempre existiu. Mesmo na minha época, ou na época dos meus pais. Mas o Ying Yang ainda regia o equilíbrio e o bom senso das pessoas. Ou pelo menos, tínhamos o direito ao livre arbítrio garantido. Porém, está ficando cada vez mais difícil assistir a um filme legendado no cinema ou ir a um show de um artista que respeite a condição de humanos que somos e não faça musica para cachorras e marias não sei o que.

Infelizmente ainda não aprendi a desligar meu cérebro, talvez por isso, sou infeliz.