Não desliguem o
cérebro!
Coincidentemente, ouvi esta mesma frase de dois caras que respeito
bastante. O primeiro, o crítico de cinema Pablo Villaça e o musico e amigo
particular Gustavo Martelli.
Ambos, cada um em sua área, queixavam-se do mesmo problema:
A justificativa de certas pessoas para gostarem de porcaria. Desligar o cérebro
de suas vidas estressantes.
Ouvir uma peça mais elaborada ou assistir a um filme que te
faça refletir tem efeitos desestressantes muito mais eficazes do que assistir
ou ouvir algo que em nada acrescenta a sua existência. A menos que relaxar,
para você, signifique dormir.
O ser humano possui uma tendência ancestral a gostar do que
é belo. Se você não gosta. Então o seu problema é de mal gosto e não stress.
Uma vez, uma pessoa me perguntou se eu não era feliz.
Simplesmente por eu não gostar dos Funks (carioca),sertanojos e pagodinhos que
ele gosta. Quando terminei de rir, concordei com ele. Sim, eu não sou feliz!
Como alguém pode ser feliz diante de tanta bobagem. Como as
pessoas conseguem compactuar com a propagação da promiscuidade. Ser brega e
burro está na moda. O mal está vencendo a luta pelo equilíbrio do universo.
Filmes e musicas ruins (e pessoas que gostem disso) sempre
existiu. Mesmo na minha época, ou na época dos meus pais. Mas o Ying Yang ainda
regia o equilíbrio e o bom senso das pessoas. Ou pelo menos, tínhamos o direito
ao livre arbítrio garantido. Porém, está ficando cada vez mais difícil assistir
a um filme legendado no cinema ou ir a um show de um artista que respeite a
condição de humanos que somos e não faça musica para cachorras e marias não sei
o que.
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