segunda-feira, 18 de junho de 2012

O Pessimista


Não desliguem o cérebro!

Coincidentemente, ouvi esta mesma frase de dois caras que respeito bastante. O primeiro, o crítico de cinema Pablo Villaça e o musico e amigo particular Gustavo Martelli.

Ambos, cada um em sua área, queixavam-se do mesmo problema: A justificativa de certas pessoas para gostarem de porcaria. Desligar o cérebro de suas vidas estressantes.

Ouvir uma peça mais elaborada ou assistir a um filme que te faça refletir tem efeitos desestressantes muito mais eficazes do que assistir ou ouvir algo que em nada acrescenta a sua existência. A menos que relaxar, para você, signifique dormir.

O ser humano possui uma tendência ancestral a gostar do que é belo. Se você não gosta. Então o seu problema é de mal gosto e não stress.

Uma vez, uma pessoa me perguntou se eu não era feliz. Simplesmente por eu não gostar dos Funks (carioca),sertanojos e pagodinhos que ele gosta. Quando terminei de rir, concordei com ele. Sim, eu não sou feliz!

Como alguém pode ser feliz diante de tanta bobagem. Como as pessoas conseguem compactuar com a propagação da promiscuidade. Ser brega e burro está na moda. O mal está vencendo a luta pelo equilíbrio do universo.

Filmes e musicas ruins (e pessoas que gostem disso) sempre existiu. Mesmo na minha época, ou na época dos meus pais. Mas o Ying Yang ainda regia o equilíbrio e o bom senso das pessoas. Ou pelo menos, tínhamos o direito ao livre arbítrio garantido. Porém, está ficando cada vez mais difícil assistir a um filme legendado no cinema ou ir a um show de um artista que respeite a condição de humanos que somos e não faça musica para cachorras e marias não sei o que.

Infelizmente ainda não aprendi a desligar meu cérebro, talvez por isso, sou infeliz.

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