sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A cultura é a cura critica e indica: Batman contra o capuz vermelho

Pela capa já dá pra sentir
que o negócio é bom

A grande idéia deste “quadro” sobre indicações é chamar atenção do publico médio que costuma ler o blog, para peças que talvez sozinhos não tivéssemos oportunidade de procurar ou até mesmo não daríamos a devida atenção senão por meio de um veículo em que realmente confiamos.
O veículo que eu realmente confiei foi um amigo, Cássio Peixoto, jornalista e idealizador do blog Mucufo. Há uns oito ou nove anos atrás, Cássio me emprestou toda a saga do Capuz Vermelho para ler em quadrinhos. Os diálogos e as imagens (chocantes) nunca saíram da minha cabeça. E talvez essa tenha sido a ultima saga da qual consegui ler por completo.
Pois bem, oito ou nove anos depois, estou aqui maravilhado porque fizeram um longa metragem animado com uma das séries que mais gostei de ler. Se você é um daqueles que ainda pensam que “quadrinhos é coisa de criança”, não faz idéia do que está perdendo. E se você é um daqueles que acham que “animação também é coisa de criança”, digo-lhes: Venha para a luz meu filho. Sua hóstia será assistir a  Toy Story, Monstros S.A e Os Incríveis.
Só para refrescar sua memória, o longa animado Toy Story 3 concorreu ao Oscar de melhor filme, com Cisne Negro e O Discurso do Rei e de acordo com a crítica especializada (que eu respeito) só não o venceu devido ao preconceito e ao conservadorismo da academia.
Portanto, cá estou, indicando a você leitor do blog, um desenho. Pode assistir sem moderação. Até porque a moderação já veio por parte da produção de efeitos do filme. A saga é violenta, recheada de cenas fortes e por tratar-se de um desenho, alguns efeitos, principalmente de sangue, tiveram que ser controlados, como percebe-se na primeira cena do filme, com o Coringa espancando o Robin com um pé de cabra. Reparem no take em que mostra apenas os pés do Robin se contorcendo. Isso mostra a intenção da direção em fazer uma cena forte, porém sem muito sangue aparente por causa das crianças. Essa cena é idêntica a dos quadrinhos. O que não ficou idêntico foram os motivos pelos quais Robin foi parar nas mãos do Coringa. Mas, as adaptações são inevitáveis. Até porque, condensar o conteúdo de uma saga de mais de dez revistas em 75 minutos, é um trabalho complicado. Mas foi um trabalho bem sucedido.
Por falar em Robin. Se você ainda não sabe. Batman já teve três sidekicks. O primeiro Robin foi fazer carreira solo depois que ficou mais velho. Tornou-se Asa Noturna. E o segundo é o que vemos nas mãos do Coringa. O curioso é que na época, a DC Comics chegou a fazer uma pesquisa com os leitores para saber o que eles achavam do novo Robin e o que deveria acontecer com ele. Bem...o resultado você confere, no filme ou nas revistas.
O problema do controle Parental também está presente na escolha da paleta de cores que não contrastam de um ambiente para o outro, tornando o filme mais inofensivo para os mais jovens. Com exceção às cenas do Máscara Negra (que usa terno branco, mascara de cor preta e vive em um prédio de luxo sempre muito bem iluminado) todos os outros ambientes não são tão sombrios quanto deveriam ser. Mesmo o próprio Batman, que continua aquele sujeito marrento de voz grossa, acaba não tendo como aparecer por entre as sombras, porque elas não existem. Mas isso não chega a atrapalhar o andamento do longa. Até porque, tudo gira em torno da identidade do tal Capuz Vermelho. O novo vilão que está fazendo o bem. Limpando as ruas de Gotham. Chegando inclusive a diminuir o nível de criminalidade na cidade, mesmo com Batman trabalhando.   
Outra cena de destaque fica para a luta de Batman e o Capuz Vermelho, já revelado, dentro de um banheiro. A fotografia da cena e toda a sua coreografia é claramente inspirada no primeiro Matrix, na cena em que Morpheus enfrenta o agente Smith para dar tempo de Neo fugir com o resto do grupo. Curiosamente o resultado deste embate é Morpheus derrotado e amarrado a uma cadeira. Exatamente como acontece com alguns personagens da estória do Capuz Vermelho.
Apesar de alguns, poucos, pesares, o filme vale uma conferida. Uma excelente pedida para os fãs e melhor ainda para quem está pensando em tomar gosto pela coisa.
                                                                     
De 1 a 5. Nota 4

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Pessimista

Episódio 2: Abençoada ignorância. Nasce uma crença.


Às vezes fico pensando se eu não seria mais feliz se fosse brindado com o dom da ignorância. Poder rir de qualquer coisa. Acordar e não perceber o mundo a minha volta. Não me incomodar com a política, votar em qualquer um ou ganhar “um dinheiro” com meu voto. Aceitar e me divertir com a mediocridade artística de muitos por aí. Assistir e querer ser um Big Brother. Gostar de Cilada.com e as Branquelas. Falar mal das pessoas a meu redor, não ficar preso a um livro. Ir ao show do Fulaninho do pagode ao invés de ficar procurando e esperando uma boa atração no teatro ou no cinema. Não fazer um blog para dar “murro em ponta de faca”.
Do que adianta explicar algo tecnicamente a alguém se no fim ela vai dizer: “É, mas eu gostei assim mesmo”. “Sei lá”.
Às vezes me sinto como aquele personagem do primeiro Matrix que toma a pílula para acordar, mas depois se arrepende e faz um acordo com as máquinas para voltar para o sonho. Voltar para a abençoada ignorância.
A Bíblia conta que Deus já destruiu a Terra duas vezes. Uma vez com o dilúvio e outra com uma chuva de fogo em Sodoma e Gomorra. Tudo com o propósito de recomeçar. De zerar a raça humana. A próxima será com uma chuva de livros que acertará a cabeça de cada ignorante.
A única chance de arrebatamento é batizando-se a Igreja Universal da Cultura Brasileira.
 LOL. 


Essa é a mensagem de alegria e esperança de O Pessimista. Que venha 2012.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A terceira idade não cai bem em Hollywood

Assisti Anti-hérois. O último filme de Al Pacino. O motivo do post não é a crítica do filme, mas sim, a acomodada atuação de Al Pacino. Que já se repete ano pós ano.
Sou um fã tardio dos trabalhos dele. Descobri Pacino em O Advogado do Diabo e só depois encontrei Perfume de mulher, Scarface, Sérpico, Um Dia de Cão e O Poderoso Chefão. Esses são filmes em que a atuação dele faz toda a diferença.
Pacino é o quarto maior recordista de nomeações ao Oscar (8). Mas só o venceu quando interpretou um papel verdadeiramente dramático em Perfume de Mulher. No mais sempre foi um ator que imprime seu talento em filmes de ação. Chegou a rejeitar papéis como o de Han Solo na franquia Star Wars, Capitão Willard de Apocalipse Now e Edward de Uma Linda Mulher. Filmes que poderiam dar a ele a oportunidade de se aventurar, se desafiar e surpreender (ou se afundar também é claro).
Desde que a juventude o abandonou, Al não consegue mais usar seu maior trunfo. O corpo. Todos os seus papéis memoráveis são marcados pela energia que Pacino trazia dos palcos. Todos os seus grandes personagens são compostos por muita movimentação, gestos bem colocados, impulsividade bastante verossímil e uma impostação vocal perfeita, fazendo bom uso do seu timbre de voz rouca.
O que acontece com Al é bem comum na vida de muitos profissionais quando atingem o auge da carreira. Acomodação. Robert de Niro que o diga. O mesmo que fez Táxi Driver, O Franco Atirador e Touro Indomável é o mesmo que hoje se conforma em fazer mafiosos caricaturados.  E o mesmo para Jack Nicholson o recordista de indicações ao Oscar (12). Só fazendo papel de maluco. Precisa de um “freak”? So, call Jack! Precisa não? Então liga não porque ele não vai nem se esforçar em fazer. Tomara que essa moda não pegue atores mais jovens com Edward Norton (que é ótimo, mas precisa desesperadamente voltar a fazer um bom filme) Christian bale, Denzel Washington (outro que precisa desesperadamente de um bom filme para fazer) James Franco e três em particular que além de serem bons, escolhem bem seus trabalhos; Brad Pitt, Johnny Depp e Leonardo de Caprio. Esses três tinham tudo para serem “os fofinhos” de Hollywood, porém fizeram a escolha certa. Vingar pelo talento. Com exceção à série Piratas do Caribe, principalmente o último.
Parece que a maturidade não cai bem em Hollywood, por isso vamos ter que nos conformar a ver Jack Nicholson só fazendo papel de maluco e Pacino e DeNiro em filmes policiais sem graça que acham que vão sobreviver pela simples presença dos tais.    
     

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Top 10 - Bilheteria do cinema nacional 2011

Estou repassando (porque não fui eu quem apurou) as dez maiores bilheterias do cinema brasileiro em 2011.
É triste perceber que, cinema para o público brasileiro ainda é sinônimo de besteirol.
Os dois melhores filmes desta lista estão em 5º e 6º lugares: O Homen do futuro (romance/aventura) e O Palhaço (drama). Como mostram os parênteses, o brasileiro continua evitando conteúdo e aplaudindo o entretenimento bobo e vazio.
De pernas pro ar, Cilada.com e Qualquer gato vira-lata são meras colagens de esquetes manjados dos programas de humor manjados escritos por Bruno Mazzeo e Cia.
Assalto ao banco central é a tentativa frustrada de fazer um filme de assalto moderno. Tomara que eles aprendam a lição.
Vip’s – roteiro sofrível, sem ritmo. Mas tem Wagner Moura, o “Al Pacino” brasileiro no elenco.
Bruna Surfistinha...”prefiro não comentar”.     
1-      De pernas pro ar
2-      Cilada.com
3-      Bruna Surfistinha
4-      Assalto ao banco central
5-      O Homen do futuro
6-      O palhaço
7-      Qualquer gato vira-lata
8-      Vip’s
9-      As mães de Chico Xavier
10-   O filme dos espiritos

Mas o cinema nacional está avançando.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Bota na conta do Pablo" - Amanhecer - parte 1

Muita gente me perguntou se eu não iria falar sobre “Amanhecer- parte 1”. Não. Não escreverei sobre Amanhecer. Primeiro porque eu não vou ao cinema para assistir a esse lixo. Segundo porque ainda não vivo das minhas críticas, portanto não tenho a obrigação de torturar minha esposa e a mim mesmo com “isso”. Toda a minha repugnância a “saga” Crepúsculo é embasada pelo melhor crítico de cinema do Brasil reconhecido em todo o mundo da crítica cinematográfica. Portanto, se não gosta da minha opinião...”bota na conta do Pablo”.
No “A cultura é a cura TV” tem o novo videocast do Pablo Villaça, mais uma vez, explicando porque Crepúsculo e sua saga são tão detestáveis.

Só negócios

O Blog existe há dois meses com o propósito de reverberar o culto a coisas importantes ao crescimento intelectual de todos nós. É claro que o entretenimento é sempre a prioridade da maioria de nós internautas, porém volta e meia, sou surpreendido por questões políticas.
O vídeo que está no “A cultura é a cura TV” mostra o ex-presidente Lula e o Governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral caindo na armadilha da oposição e mostrando suas verdadeiras faces para a população. Ou melhor, mostrando a verdadeira face da política brasileira. Um regime que apóia a desigualdade social, que apóia ONGs só para livrar-se de seus compromissos com o povo e agora mostra sua nova faceta para o publico: As UPPs.
Não se engane com o circo montado pela rede Globo, prisão de traficante famoso, polícia militar...putz. O tráfico continua forte e o “movimento” está ainda maior, já que agora não existe mais violência. É só negócios. Mas isso não está no vídeo e rende um outro post.
Este vídeo não é recente e provavelmente você já pode tê-lo assistido, mas sabe como é, “brasileiro tem memória fraca”, então sempre “vale a pena ver de novo” (ops, esse é um outro programinha bem batidinho não é?)

Very special thanks ao meu amigo Rômulo Piredda, que me mostrou o vídeo e levantou a questão.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Crítica: Reféns

Este ano, está difícil ir ao cinema. Contei nos dedos os bons filmes lançados. E para piorar, os cinemas da minha cidade (Campos dos Goytacazes) só exibem o circuito comercial. Tão comercial que já aconteceu o absurdo de todos os filmes em cartaz estarem dublados. Portanto, minha esposa e eu temos nos renegado à reclusão do nosso quarto, re-assistindo “O silêncio dos inocentes” ou “Táxi Driver”. Porém, não conseguimos resistir à boa companhia de um casal de amigos e acabamos assistindo ao novo filme do inconstante diretor Joel Schumacher, Reféns.
Joel sempre foi um diretor de filmes medianos a péssimos, e alguns dos “filmes da minha infância”, levam a direção dele como “Linha Mortal”, “Um dia de Fúria” e “Garotos Perdidos”. Todos contando com grande elenco e com “o poder Joel Schumacher de transformar histórias e roteiros medianos em thrillers medianos” (ou seja poder nenhum). Exatamente o que acontece em sua nova empreitada.
Kyle (Nicolas Cage) e Sarah (Nicole Kidman) formam um casal que moram em uma mansão, com sua filha “aborrecente” Avery (Liana Liberato) e são surpreendidos por bandidos que os fazem... Reféns!
Spoiler alert: Assim como acontece em “Por um fio” o filme e toda a ação acontece dentro de um único universo (a casa deles) tentando criar um ambiente claustrofóbico que envolva o espectador. Porém, os cenários são amplos e bem iluminados demais, tirando qualquer tentativa de tensão. As cenas que se passam fora da casa se mostram inúteis e meros escapes para o roteiro. Por exemplo, quando vemos a personagem de Liana fugindo para uma festa com uma amiga que quase bate na estrada, só para posteriormente vermos o roteiro utilizar esse recurso para eliminar um personagem. O próprio fato de fazer a menina fugir de casa já nos revela que a intenção do roteiro é usá-la como contraponto, só para que ela reapareça como um ponto de desestabilidade emocional para a família que até aquele momento estava conseguindo manter a situação. Outra péssima cartada do roteiro foi dar motivações aos bandidos. Contando a história de alguns através de flashbacks, com o intuito de fazer o espectador temê-los mais por conhecê-los (só que isso acaba revelando suas fraquezas e tirando a sensação de instabilidade e de que qualquer coisa poderia acontecer a qualquer momento) o roteiro se apresenta frágil, deixando que as “revelações” contadas pelos flashbacks se tornem o ponto alto da projeção e desviando a atenção para o que de fato é realmente grave, a vida da família correndo risco de morte.  Portanto, o longa começa a enrolar a audiência. Ameaça daqui, eu vou te matar de lá, quando na verdade sabemos (e até o personagem de Cage sabe) que não vão.
No fim das contas, o filme serve apenas para vermos Nicolas Cage em uma atuação mais madura. Sem aquele jeito Nick “freak” Cage de ser: Olhos esbugalhados, cara de maluco. Ele consegue dar o corpo e o tom que seu personagem exige, sem exageros, e só é prejudicado pelo roteiro que afunda todo o filme consigo. Já Nicole Kidman tenta fazer “das tripas o coração” para tentar passar ilesa pela dubialidade de seu personagem sem se afundar com o roteiro. Cabe a ela a maior reviravolta do filme (digna de novela das oito) porém, como seu parceiro de cena, é tragada pelo buraco negro do roteiro. E para piorar este filme é um remake de um filme que já era muito ruim.
Fato: Joel Schumacher continua um diretor de filmes medianos a péssimos. Medianos como “Por um fio”, ruins como “O número 23”, péssimos como “Batman e Robin”. Um verdadeiro vampiro de celebridades. Não sei como ele consegue atrair sempre boas caras de Hollywood para ridicularizá-los.  Nicole Kidman consegue se expressar melhor com menos Botóx e   Nicolas Cage continua escolhendo muito mal seus trabalhos.
De 1 a 5. Nota: 1,5

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A cultura é a cura indica: A escada para Booker T. Washington

The Ladder for Booker T. Washington.

Martyn Puryear é um artista que trabalha sempre com esculturas metafóricas, que sempre ampliam o sentido de suas obras à além do que se vê. A Escada de Puryear reflete técnicas de artesanato, que ele aperfeiçoou enquanto estudava na África Ocidental e na Escandinávia e o nome da peça é uma homenagem a um grande líder da luta pelos direitos iguais e contra o racismo nos Estados Unidos (Washington). Sua biografia (Up from slavery – A partir da escravidão) foi grande fonte de inspiração para Martyn Puryear.
A intenção do artista é retratar o árduo caminho de libertação da escravidão. Uma escada que não toca o chão, com caminhos sinuosos, tortuosos e que não alcança o topo. Refletindo também, a difícil luta contra o preconceito, que parece nunca acabar.
Tenho o privilégio de ter uma foto da obra de Puryear na minha sala de aula (no curso de idiomas onde leciono) e desde então é uma de minhas obras favoritas. Inspira-me todos os dias e conduz a minha própria interpretação. Essa é a escada da vida de todos nós. Não podemos mudar o passado e não podemos prever o futuro, o que resta é o meio. Sinuoso, tortuoso, mas para cima. Sabemos que existe um topo, mas não podemos vê-lo; E quem o alcança, não desce para contar como é. O crítico Michael Brenson declarou, “Puryear tem a habilidade de fazer uma escultura que é conhecida pelo corpo, antes de ser articulada pela mente”.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Um mundo para ajudar o Brasil

Recentemente, vi uma matéria em um telejornal, que dizia que o Brasil estava recebendo um comitê da ONU que iria fazer algumas pesquisas culturais e depois ajudaria o país no necessário.
Nessa visita, a ONU concluiu que o poder aquisitivo do brasileiro está melhorando cada vez mais, porém só dinheiro não basta. É preciso facilitar ainda mais o acesso a cultura e a educação. Um dos principais pontos que impedem o crescimento cultural do brasileiro é o número de mães solteiras, grávidas na adolescência (segundo a ONU). O percentual brasileiro é maior do que o da África do Sul.
Mas, como seria feita essa facilitação a cultura? Será que os nossos governantes realmente sabem o que significa cultura? Vamos ajudar. Cultura é o resultado da soma de tudo que está no habitat de cada ser. Por isso é bem comum encontrarmos pessoas com nenhum grau de escolaridade, mas com uma "culturalidade" extraordinária, com dons artísticos e com uma capacidade enorme de observar o mundo a seu redor.
Se quisermos nos aprofundar mais um pouco, podemos acrescentar a este conceito, o conhecimento dos usos, costumes, língua, linguagem, história, geografia politica e física de um país.
Pois bem, tudo isso, a escola (com ensino de qualidade) pode prover. O problema fica para o ultimo quesito: Artes.
As artes tem um papel fundamental na formação cultural do cidadão. O "negócio" é que ninguém da "bola para isso". A arte forma o ser subliminarmente. A música, o cinema (rádio, teatro e t.v) e as artes visuais em geral, exercem uma influência, que nem os pais conseguem sobre seus filhos. "O meio transforma o homem".
A maioria da população carece de educação e sensibilidade para admirar uma bela pintura ou fotografia. E não precisa estudar surrealismo, basta dedicar um minuto de um olhar mais atencioso e critico para uma peça. Por falar em peça. Ir ao teatro não só para assistir textos cômicos ou aos "bonitinhos da Malhação" também ajuda a entender um pouquinho o que é dirigir, produzir, atuar e iluminar um espetáculo. Isso também serve para a sétima arte. Você não estará em um evento culto, indo ao cinema assistir Cilada.com e as Branquelas. Muito menos fazendo do Funk (carioca) e do pagode, sua filosofia de vida, como infelizmente acontece com a maioria dos brasileiros.
Com tudo isso, podemos ver o quão árdua será a missão da ONU. Isso se eles realmente se envolverem, porque o Brasil (na figura de seus governantes) já deu as costas para o povo há muito tempo. Não formar um cidadão crítico é a tarefa número 1 dos políticos do nosso país.
Organização das Nações Unidas, boa sorte.  

domingo, 30 de outubro de 2011

A cultura é a cura indica: "Nascido para matar...de rir"

A capa nada inspirada da versão brasileira
Toda vez que eu ouvia falar no ator e comediante Steve Martin, algumas imagens vinham a minha mente: Ele com um narigão em Roxanne, formando um par improvável com Queen Latifa, sendo o pai bobo de uma noiva e coadjuvando em "Simplesmente complicado".
A maioria esmagadora dos comediantes que conhecemos da t.v como Eddie Murphy, Jim Carrey e Cris Rock frequentaram e formaram com louvor a escola Stand Up Comedy.
Steve Martin pertence a essa escola e é essa a história contada na sua biografia. No livro, conhecemos as raízes do artista, que no começo, pensou em ser mágico, porém começou a perceber que o público gostava mais do espetáculo quando algum número não dava certo, e assim começou a surgir o comediante, autor e ator de "O Panaca"(considerado como uma das 100 melhores comédias de todos os tempos pelo American Film Institute).
A obra oferece nenhum desafio à leitura (como costumam ser as biografias) e nem tem a pretensão de servir como uma lição de vida, mas consegue entreter, principalmente se o leitor tiver qualquer contato com arte e experiência em palcos; A identificação com os casos contados é imediata.
O destaque negativo vai para o título da versão brasileira. "Nascido para matar...de rir, do stand up ao cinema, como me tornei um fenômeno do humor". Primeiro que "Nascido para matar..." mostra-se uma péssima escolha, pouco criativa e muito desgastada em filmes de ação B dos anos 80, 90 (Comando para Matar, Programado para Matar, Duro de matar...) principalmente se compararmos com o titulo original "Born standing up". Segundo que a afirmação "Fenômeno do humor" soa um pouco pretensiosa para o público brasieiro, que não teve a oportunidade de acompanhar a carreira do comediante.
"Steve Martin não é nenhum Charles Chaplin" (frase dita pelo pai dele na estréia de seu primeiro filme; Os dois tinham uma relação bastante espinhosa) porém ao fechar a 211ª página do livro, aprendi a respeitar um pouco mais o artista, a entender um pouco mais suas piadas e me senti na obrigação de rever alguns de seus filmes e alguns dos meus conceitos.

sábado, 22 de outubro de 2011

Caridade não é publicidade

Assistir a programação da tv aberta é uma perda de tempo. Salvo raríssimas exceções, o resto dividi-se em entretenimento pobre, péssimo conteúdo e que apenas contribui para o emburrecimento da população.
Aos domingos, fazer qualquer coisa é melhor do que ligar o aparelho televisor. A baixaria é escancarada, uma briga de foice para abocanhar os zapeadores de plantão. Porém, o troféu "golpe baixo", é sem duvida dos programas que utilizam a caridade para arrecadar audiência. Distribuindo casas, eletrodomésticos e tudo que o patrocínio permita.
Se você está se perguntando: "Que mal há nisso?" Então significa que eles venceram.
Todo mundo deve ter uma tia, avó ou mãe que chora vendo as histórias emocionantes contadas por estes programas não é!? Você sabe como funciona o esquema de lavagem de dinheiro? Pois, é isso que acontece com as suas emoções. É tudo fachada para a guerra de audiência a da autopromoção.
Vamos propor o seguinte: Se os programas, na figura dos seus apresentadores, são realmente assim tão bonzinhos, desliguem a câmera, retirem a dedução no imposto de renda e então façam caridade. Isso serve não só para esses programas, mas também para todos aqueles que utilizarem esse artificio para manipular.
Se você estiver se perguntando: "O que há de errado nisso? Eles estão se promovendo mas estão ajudando muita gente." Então significa que o governo venceu.
Cuidar da população é tarefa daqueles quem elegemos, não de  programas de entretenimento. E se você, mesmo depois de ler todo este post, ainda acha que  não há nada de errado nisso; Saiba que o seu pensamento é o mesmo de todos os brasileiros que aceitam a corrupção de vender o voto; "Afinal, se eu estou ganhando, qual é o problema do político autopromover-se?" "Quem quer rir tem que fazer rir."
O problema é que caridade não é publicidade.      

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A cultura é a cura indica: O Mundo de Sofia


Capa da 70ª reimpressão
do best seller de Jostein Gaarder
 Viver é uma aventura explorada há séculos pela raça humana. Desde os primórdios o homem busca explicação para as questões misteriosas da vida.
Se você algum dia já se perguntou sobre origem do mundo ou o sentido da vida, você com certeza desembocou em filosofia ou religião.
O Mundo de Sofia é um livro de introdução a Filosofia básica. Durante boa parte da minha infãncia, foi meu livro de cabeceira e minha vida literária divide-se em antes e depois deste. Sofia é uma jovem leiga no assunto (e é assim que o autor imagina o leitor) que começa a receber cartas misteriosas que a induzem a indagar o mundo a seu redor. Toda descoberta da protagonista é uma descoberta para o leitor também, o que o mantém preso a história até o fim. Destaque para a escrita simples, porém eficaz (comum nas obras traduzidas) e os exemplos práticos usados para explicar as questões mais abstratas da Filosofia, resultando em uma agrável leitura, instigante e cheio de descobertas.
Para iniciantes, o "Mundo de Sofia" é uma leitura obrigatória. Para os mais experimentados, faz-se sempre uma oportunidade de lembrarmo-nos que a Filosofia começa com a "capacidade de nos deslumbrar com as coisas mais simples" .
Em 1999, foi adaptada para um filme norueguês; entretanto, não foi largamente publicado fora da Noruega. Esse filme também foi apresentado como uma minissérie na Austrália. Também foi adaptado para jogo de PC pela Learn Technologies em 1998. Em 2008 essa versão cinematográfica do livro foi lançado no Brasil oficialmente em DVD.


Fichamento:

Autor: Jostein Gaarder
País: Noruega
Idioma: Norueguês
Gênero: Romance, Filosofia
Editora: Aschehoug Forlag
Lançamento: 1991
Páginas: 541

Edição brasileira
Tradução: José Azenha Junior
Editora: Cia. das letras
Lançamento: 1995
Páginas: 560

domingo, 16 de outubro de 2011

Professor, o artista completo

Chico Anysio, um dos gênios da televisão brasileira como o professor Raimundo, uma digna e bem humorada homenagem. 

Talvez o único profissional que consiga sentir o que é ser um educador é o artista. Ao receber os aplausos por um trabalho reconhecido, naquele momento, o artista não está pensando em quanto ele vai receber no fim da empreitada; não está pensando se alguém o acha feio, bonito, gordo, magro, pobre ou rico; não existe diferença entre quem está aplaudindo calorosamente ou quem está apenas figurando; só existe a energia que se sente vinda dos “claps” e aquele som extraordinário emitido pelo palmar de mãos. São segundos de batimento acelerado e de ausência total de pensamento; a paz.
Estar diante de uma sala de aula, ver todas aquelas pessoas esperando por você, o prazer em explicar a matéria e ao mesmo tempo olhar nos olhos de cada um e sentir a suas palavras sendo conduzidas ao cérebro, coração e alma, responder a cada pergunta com segurança, fazer a audiência rir e chorar com experiências ou piadinhas para descontrair; e ouvir aquele sonzinho “ahhhhhhhh, entendi.” Nesse momento nada mais importa, só a paz.
Uma banda, um ator, um pintor, um cineasta, um arquiteto, demoram anos para revolucionar o mundo com uma nova obra; o professor muda o mundo de todos, todos os dias.


  


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A cultura vs Mau-mau

Esse é o cara


Lembrando do sempre sem graça futebol dos artistas, que quase sempre reunia atores medíocres matando um cachê jogando bola pelo Brasil a custa dos gritos das fanáticas tietes, tive o desprazer de constatar que o mundo realmente está acabando. O tal futebol dos artistas já era uma coisa tenebrosa, afinal, se os caras são atores, qual a relevância em vê-los batendo uma pelada? O quê isso acrescenta de fato na vida de uma pessoa? Mas tudo pode piorar. No feriado do dia 12 de outubro recebemos a visita (aqui em Campos) do ex-bbb mau-mau, e fiquei surpreso ao ver o frenesi que este rapaz conseguiu provocar em toda cidade (já é a 2ª vez que ele nos visita, na primeira um colégio local, quase precisou suspender as aulas por conta dos gritos das alunas).
Diante do meu total desconhecimento a respeito deste “artista” eu perguntei: Quem é esse cara? O fanatismo por um ator, cantor ou atleta até que é compreensível, mesmo quando este vale-se mais por sua aparência do que por seu talento, porém, estamos falando de um cara que está ganhando uma grana só por ser bonito!? Imagine se as mulheres começassem a pedir autógrafos e fotos a todos os caras bonitos que encontrassem pela rua. E o pior, ou eu estou ficando muito velho e rabugento ou cara nem é tão bonito assim. Enfim, despeitos a parte é surpreendentemente triste ver como os pais não estão fazendo seus papeis, como está faltando educação, informação e culto a coisas realmente importantes dentro das casas das famílias brasileiras. Não há nada de errado em achar alguém ou algum artista bonito, contudo devemos (sobretudo os pais) refletir seriamente sobre o futuro do país (as crianças). Ler um livro, assistir um filme, fazer uma pesquisa na internet, conversar, tomar um sorvete, praticar um esporte, aprender a tocar um instrumento, trabalhar, qualquer outra coisa é mais importante e interessante do que ir a um shopping Center abraçar um jovem tão cabeça oca quanto a todos aqueles que estavam presentes.
Há algumas semanas atrás eu ouvi uma de minhas alunas dizendo que o sonho dela era fazer 18 anos e ir para o Big Brother. Lamentável.  

domingo, 9 de outubro de 2011

O Pessimista

Brasil fiscalizando a natureza

Episódio 1: A Brasil e a educação

Nasci em 1982, não vivi a era de aquarius, não vi Pelé jogar, não curti a jovem guarda nem a bossa nova, apesar das “Diretas Já”, vi Fernando Collor entrar e sair, o Brasil ser campeão com um time pragmático, e o meu presidente dizendo que ele não viu e não sabia de nada. Já entrei e saí de todos os grêmios, federações e diretórios das escolas e faculdades que estudei. Já cantei muito “que país é esse?”. Sou um pessimista assumido e tenho uma tartaruga chamada Brasil. Apesar dos seus passinhos lentos e curtos (típicos desses bichinhos) Brasil é muito otimista e está sempre acreditando que vai chegar lá. Costumamos conversar bastante (ela é uma boa ouvinte) e hoje o assunto é o ensino público no país.
Acho difícil separarmos educação nas escolas públicas de política. Enquanto a educação for instrumento de campanha, comandada pelo governo, as melhoras no ensino do país vão continuar resumindo-se a números. Basta abrir a porta das salas de aula para ver que as melhoras continuam a “passos de formiga”, ops, perdão Brasil, de tartaruga. O governo Lula reduziu drasticamente o nível de analfabetismo no país, mas os educadores sabem como isso foi feito, as escolas e os alunos, sentem até hoje, o peso das aprovações compulsórias impostas pelo MEC. O mesmo que queria “romper barreiras” distribuindo cartilhas contra homofobia, quando a questão é cultural, o preconceito é um problema sócio-cultural, e não adianta e escola trabalhar sozinha, se em casa as crianças tem exemplos diferentes. Escolas que atendem comunidades se tornam tão ou mais violentas quanto o próprio habitat daqueles que estão perdidos no ciclo de drogas e violência. Resultado: Ouvir dos colegas o incentivo para fazer concurso público porque pelo menos o salário é “certinho”. Nesse momento eu senti que Brasil se encheu de razão, ela se deu o trabalho de virar a cabeça na minha direção e levantou a patinha direita como quem dizia: é hora de apontar o dedo para si mesmo. Ninguém escolhe ser professor. Você é escolhido. Desisti de uma carreira jurídica (também cursei faculdade de direito) porque como professor eu posso meter a mão na massa, posso realmente dar a minha contribuição, é um vexame ver alguns colegas procurando os concursos por esse motivo. Temos que encarar os concursos como uma oportunidade de tentar transformar o sistema e não de corromper-se e começar a fazer parte dele. Pois bem, precisamos de uma reforma global. O governo gera empregos, tira a população da miséria, mudam-se os paradigmas e a expectativas de vida, com isso mais crianças vão à escola levando bons exemplos de casa, motivando o professor a fazer seu trabalho com amor e dedicação. Fácil não é?   Não para a Brasil. “Lá vai a Brasil subindo a ladeira...”





O Pessimista é um personagem. As características e idéias aqui mencionadas não possuem relação com o autor.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

idad(dead)



Todo mundo já está sabendo do falecimento de Steve Jobs. Muita gente não o conhecia antes deste ocorrido, porém todos nós conhecíamos o seu trabalho. Steve era um especialista em criar coisas que não sabíamos que precisávamos. E partiu consolidando-se como o homem mais importante para o mundo da tecnologia e informática ao lado de Bill Gates.
Jobs fundou a Apple em 1976, na garagem da casa dos pais com a ajuda de seu amigo de faculdade Steve Wozniack; criaram o Apple 1. Em 1979 o Apple 2 já era o campeão de vendas no mundo. Curiosamente, aqui no Brasil, a Apple demorou a emplacar, quem é mais velho vai se lembrar que a IBM sempre foi mais popular em terras tupiniquins. Mas Steve Jobs mostrava a força de sua empresa a cada lançamento, seja revolucionado o mundo com o Macintosh, Iphone, Itouch e Ipad ou “simplesmente” ditando tendência de design, cores e acabamento.
No dia 24 de outubro, chega ao Brasil a biografia deste gênio. A cultura é a cura não poderia deixar passar a oportunidade de dizer thanks Mr.Jobs for everything you did.
“Para se ter sucesso, é necessário amar de verdade o que se faz. Caso contrário, levando em conta apenas o lado racional, você simplesmente desiste. É o que acontece com a maioria das pessoas.” --Em 2007, em evento do Wall Street Journal

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Danilo Gentili, politicamente incorreto

No período da última eleição, muita gente me perguntava em quem iria votar. Toda vez que eu dizia que anularia meu voto, os olhares de censura me cercavam. Talvez depois desse vídeo, meus censuradores me entendam um pouco mais. 
Esse cara está dando a cara para bater para reavivar a memória de todos os brasileiros. Há muito tempo não tínhamos um comediante político como esse rapaz. Sem papas na língua me fez lembrar Juca Chaves cantando “esse é o Brasil que vai para frente” diante de uma tartaruga. Algo assim tão ácido e direto, talvez, só alguns stands do Cris Rock. Nada nem ninguém, escapou ao texto desse cara. É inacreditável. Só vendo para crer.

 Essa eu devo os créditos ao meu amigo Felipe Fazoli. Adoramos stand up comedies e ontem ele me mostrou o vídeo que está no link abaixo. Não deixem de assistir.
http://www.youtube.com/watch?v=B21rub5DFSg

Para fechar a tampa do assunto Rock n' Rio 2

Top 5
Os cinco piores do Rock n’ Rio

Tem gente que já vai tarde. Tem gente que decepcionou. Tem gente que não deveria nem ter ido. Confira as maiores tosqueiras do evento.

1-      Cláudia Leite- ahauhauhauahuau;
2-      Kesha- uma aula de como estragar seu show, quer fazer uma péssima apresentação? Chame "the crazy bitch"! Com direito a playback e tudo!
3-      Glória- Oh Glória! Teu passado lhe condena. Jesus perdoa, mas os metaleiros não!!!!
4-      Snow Patrol- se a idéia era fazer a galera descansar entre o Capital Inicial e o Red Hot, então o Snow Patrol foi a melhor banda do evento. Perfeita canção de ninar. Quando eles diziam “open your eyes” todo mundo se confundia e “close their eyes”;
5-      Lenny Kravitz- esse decepcionou. O único com alguma veia rocker no dia dele, ainda bem que não colocaram ele em outro dia, muita marra, muito estilo, mas... Não deu nem pra pedir pra galera cantar junto.

Menção desonrosa:
1-      Bebel Gilberto atrapalhando o show de Sandra de Sá, com direito a selinho e tudo;
2-      Paralamas e Titãs- dessa vez não rolou. Inclusive tecnicamente.
3-      Cláudiahuahuahahauhauahahu Leite.

Para fechar a tampa do assunto Rock n' Rio

Acabou-se...

 Pois é, acabou o Rock n’ Rio. Nada mais clichê do que fazer aquelas listinhas de melhores e piores, certo? Então, eu farei também! Eu adoro aquelas listas! Lembrando que toda discussão é saudável, portanto, discordem à vontade.  Vamos fazer um top 5, mas sem ordem.

...o que era doce:

1-      Cold Play- todo mundo esperou um show morno e previsível, porém fomos presenteados com uma das melhores apresentações do festival. Pop rock de respeito;  
2-      Stevie Wonder- preciso dizer alguma coisa?
3-      Slipknot- o Rock n’ Rio nunca mais será o mesmo, um show histórico. Forte e marcante digno de ser lembrado como o lendário show do Queen em 85.
4-      Red Hot Chilli Peppers- mostraram que estão em ótima forma, foram corajosos em prepararem um show totalmente novo para os fãs brasileiros, apresentaram o novo guitarrista, solinho de percussão a La brasileira e homenagearam o filho de Cissa Guimarães.
5-      System of a down- simplesmente a banda mais votada para estar no line up do Rock n’ Rio, e os caras não tremeram nem um pouquinho; muita personalidade do vocalista ao entrar de camisa social branca quebrando todos os paradigmas. (é claro que os fãs já conheciam o jeitão diferente)

Menção honrosa:
1-Metallica- não é preciso justificar, o nome diz tudo; destaque para o bom humor da rapaziada, super relaxados no palco, pura experiência.
2- Shakira- muito competente no pop que ela se pré-dispõe a fazer, uma assinatura vocal inconfundível, toca gaita, toca violão, dança e ainda fez um coverzinho do Metallica(nothing else matters)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Tributos demais, verdades de menos

Estive no Rio de Janeiro no dia 24 (do Rock n’ Rio), e reparei que lá, os cariocas estão sofrendo do mesmo mal que nós aqui no interior, os tributos. Tem para todos os gostos: tributo a Pearl Jam, Nirvana, Legião Urbana, Pink Floyd, led Zeppelin, enfim... Muitas das bandas homenageadas já encerraram suas trajetórias, fazendo todo sentido, a necessidade de contar mais uma vez aquela historia, talvez para que os mais jovens a conheça. Porém, criou-se um filão; Uma corrida do ouro entre as bandas, “tá faltando tributo a quem mesmo”? “Ah é”? “vamo fazer então!”.
Os rockeiros carecem de boas oportunidades para tocar, as bandas não possuem muito espaço, e o publico é conhecido como quebrado (sem grana) e bagunceiro; rock de verdade tem que ser ouvido em volume alto e de preferência em pé. Portanto, toda e qualquer oportunidade cedida às bandas, é agarrada com unhas, dentes, palhetas e baquetas. E o que começamos a ver, é uma serie de apresentações geniais e algumas desastrosas.
O maior pecado está na ausência do quesito primordial ao rock: a atitude. Cássio Peixoto, jornalista, dono do blog Mucufo.blogspot.com (sobre quadrinhos), costuma usar a expressão “punk de boutique” para definir aqueles que sabem fazer tipo, se vestem de preto, usam corrente, mas todo mundo percebe que lhes falta alguma coisa, é a tal da atitude.
Quando falamos em tributos, a atitude esta diretamente relacionada à identificação de quem esta fazendo a homenagem e o homenageado. Com isso, no próximo tributo a que você for preste atenção em cada componente da banda e você vai perceber exatamente quem está ali por amor, realizando um sonho de poder tocar aquele repertório que ele muitas vezes já ouviu sozinho no quarto, ou quem está apenas “matando o cachê”.
Sim, eu sei, “se paga bem, que mal tem”? Não há problema algum em aceitar um projeto, um desafio de tocar um repertório com precisão, passar pelo crivo dos fãs. Na verdade, o único motivo deste post, é expressar a tristeza que é ver o rock sendo transformado em máquina caça-níquel. 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não é por acaso que o cinema é considerado arte. Se você ainda assiste filmes só para passar o tempo, só  o enxerga como entretenimento banal, já passou da hora de começar a tratar a sétima arte com o devido respeito que ela merece. O "a cultura é a cura" garante que você irá expandir, em largas escalas, a sua maneira de viver.
Se você quer descobrir este mundo fascinante, abaixo seguem os dois sites que o nosso blog mais respeita e recomenda.

cinemacultura.com - site para downloads de filmes clássicos, peças raras divididas da maneira mais organizada que já encontrei na web. Todos os grandes diretores, links diretos e todos funcionando, é até difícil escolher qual baixar primeiro.

cinemaemcena.com - site do melhor critico de cinema do Brasil (Pablo Villaça) todas as novidades, e muita critica coerente e técnica sobre os filmes. Dá pra aprender muito lendo as criticas desse cara. O a cultura é cura tv, também exibirá alguns videocasts feitas pelo próprio.

"Bons filmes"

Rock n' Rio 2011



”POR UM MUNDO MELHOR”
Este foi o slogan criado para os primeiros festivais. Nos “idos” dos anos 80, quando o país atravessava um período de transição, havia muitas incertezas a respeito de qual seria o rumo político do Brasil. Os jovens possuíam a falsa impressão de que podiam mudar o mundo cantando rock. O fim da historia não foi bem aquele que a “geração coca-cola” imaginou. Porém os oitentistas sabem como é cantar uma ideologia. Pode parecer old-fashion e moralista, contudo, consciência política era algo que aquela geração tinha. Mas e hoje? O quê os jovens que vão assistir Kate Perry, Claudia Leite e Rihanna gostariam de mudar no Brasil de hoje?
Quem foi ao Rock n’ Rio 2011, viu um festival muito bem estruturado e organizado (pelo menos assim foi o dia 24) é difícil não se emocionar ao ver-se fazendo parte de algo tão grandioso. Mas, quando os holofotes se apagam e que cai a ficha; considerando a idéia de um mundo melhor, qual foi à mensagem deixada por este festival? Além de curtir o show da sua banda favorita, o quê ficou para você? 
Os festivais de rock (todos) nasceram com o objetivo de protestar sobre algo e discutir questões políticas, sociais, ambientais, culturais, educacionais. O único momento político do evento de 2011 aconteceu quando Dinho Ouro Preto (vocalista do Capital Inicial e oitentista) disse que nada mudou, portanto “nunca confie em um político, seja ele qual ou quem for”, em um claro desabafo de quem já pensou em mudar o mundo cantando rock.
A “Geração coca-cola”, o rock, os oitentistas, todos, vencidos pelo capitalismo selvagem do homem cada vez mais primata. A “Luciano Huckzação”(termo criado pelo oitentista Lobão, para dizer que atualmente as pessoas devem gostar de tudo) vem engolindo qualquer fagulha ideológica,  transformando guerreiros em populistas, Lulas em “paz e amor”.
Se voltássemos no tempo, ao primeiro Rock n’ Rio e soubéssemos que em 2011 teríamos o axé de Claudia Leite no set do evento,  talvez tivéssemos uma chance de realmente fazer um mundo melhor.

PS: Dentro do evento era possível comprar ingressos para o Rock n’ Rio 2013, ou seja, temos um pouco menos de dois anos para tentar fazermos um mundo melhor e não termos a presença de algum Mc Fulano ou de alguma mulher fruta no set.