quarta-feira, 4 de abril de 2012

Jogos Vorazes e a esperança de mundo melhor

A produção e a equipe de marketing e divulgação do filme, fez questão de estampar o cartaz de “Jogos Vorazes” com a seguinte frase: “A nova febre mundial desde Harry Potter e a saga Crepúsculo”. Assistindo ao filme percebi que o único erro da franquia foi estampar o tal cartaz, pois o “longa” nada se assemelha aos outros citados. E não se parecer com Crepúsculo já é um elogio e tanto.

Jogos Vorazes é um filme sério. Com um tema adulto e bem atual. Ambientado em um mundo pós-apocalíptico, ser jovem naquele período não era tarefa fácil. A sociedade criou um torneio onde cada "distrito" envia dois jovens para lutarem até a morte, só um sai vivo. A protagonista interpretada por Jennifer Lawrence (Katniss Everdeen) é do distrito 12 (o último distrito) juntamente com seu "parceiro" Peeta, feito por Josh Hutcherson. O elenco do longa ainda conta com os trabalhos de Donald Sutherland, Lenny Kravitz (que acreditem, não compromete) e os sempre competentes Woody Harrelson e Stanley Tucci. Jennifer já tinha provado seu valor em um filme ainda mais dramático "O inverno da alma", portanto para Jogos Vorazes foi só manter a expressão fria, olhos expressivos e compenetrados com leves nuances de testa e sobrancelhas e...Voilà! Temos uma menina encarando uma grande responsabilidade. Como assistimos ao filme com os olhos da protagonista, não temos momentos alegres. Todo a película é composta por cenas de coragem, drama e muita tensão como podemos perceber no silêncio qual a estória vai se desenrolando (evite ir ao cinema no sábado).  

O único ponto negativo, fica para algumas invenções que podem tirar o expectador da imersão em que está, por exemplo, como a equipe de produção dos jogos conseguem criar coisas reais, com vida e realmente capazes de matar um jogador? Fora isso, o filme tentar passar uma lição a cada ato para os jovens de hoje. Responsabilidade, sobrevivência, amor, lealdade e a maior de todas as lições: Seja menos cabeça oca! Desligue o Big Brother, pare de alimentar a hipocrisia, falsidade, amoralidade, o entretenimento sujo e banal que nada nos engrandece.

Mas, eu sei que um “cabeça-oca” puro sangue, daqueles que além de assistirem ao Big Brother ainda são fãs do Gustavo Lima, não vão atentar a esses detalhes, as criticas que o filme faz a sociedade em que vivemos. No fim da projeção temos um filme propagado para jovens, protagonizado por jovens, porém com extremo respeito a seu publico, nos dando um sopro de esperança em meio a tanta bobagem que vemos e ouvimos e a tanto entretenimento burro. 

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