sexta-feira, 16 de março de 2012

Oscar 2012

Recebi um número considerável de indagações sobre a minha opinião a respeito da premiação deste ano. Eu sei que, jornalisticamente, o assunto já está velho. Mas deixarei aqui no blog, o registro da minha opinião. Considerando que o tema já perdeu toda a sua factualidade, não tratarei de todas as categorias.
Pois bem. De cara, temos “O Artista”. Este filme é como o Gato de Botas, que arregala os olhos, fazendo aquela cara de coitado, irresistível. O longa é preto e branco e mudo! Não há como lutar contra isso! Não há como não premiar isso. Portanto, a vitória foi justa. Mas, tenho que destacar “Millenium” (que proporcionou uma das minhas melhores experiências na sala escura) e “Árvore da Vida” (que mexeu totalmente com meus nervos, minha paciência, visão artística, inebriante)
Michel Hazanavicius por “O Artista” levou melhor diretor. De novo, fica difícil competir com essa peça. Mas eu tenho uma predileção nada imparcial por Scorsese (Hugo). Porém, sabia que seria difícil. E fora o Terence Mallick (A árvore da vida), que como já falei, acabou comigo.
Jean Dujardin como melhor ator. O cara é o novo fenômeno, francês, sabe lá quando esse cara vai ter essa oportunidade de novo? Mas o meu favorito foi e sempre será, Gary Oldman. Sem comentários. Uma carreira invejável, impecável, mais merecedor que ele, nem o francês.
Melhor atriz. Aqui o bicho pegou. Viola Davis, encarou o pior pesadelo de uma concorrente ao Oscar. Disputar a estatueta com Merryl “The God” Streep. Não tinha como vencer. Merryl é a recordista de indicações (17) até então, só havia vencido uma vez com a “Escolha de Sofia”. E ela realmente arrebenta como Margareth Thatcher. Porém (sempre tem um) eu homenagearia (com meu voto) a Rooney Mara (de Millenium é claro). Admito a polêmica.
“Rango” é considerado uma obra prima da animação (e ganhou) mas ainda não vi.
Meia noite em Paris, ganhou melhor Roteiro Original. Woody Allen né. E o filme é ótimo.
Meu maior pesar vai para a ausência da série Harry Potter na cerimônia. Não existe saga tão longa (são 8 filmes) executada com tanta qualidade técnica, quanto esta. Esperava alguma homenagem ou uma menção qualquer. A academia não o fez. Pelo menos todos meus críticos favoritos o fizeram. Dei-me por satisfeito.

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