sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A terceira idade não cai bem em Hollywood

Assisti Anti-hérois. O último filme de Al Pacino. O motivo do post não é a crítica do filme, mas sim, a acomodada atuação de Al Pacino. Que já se repete ano pós ano.
Sou um fã tardio dos trabalhos dele. Descobri Pacino em O Advogado do Diabo e só depois encontrei Perfume de mulher, Scarface, Sérpico, Um Dia de Cão e O Poderoso Chefão. Esses são filmes em que a atuação dele faz toda a diferença.
Pacino é o quarto maior recordista de nomeações ao Oscar (8). Mas só o venceu quando interpretou um papel verdadeiramente dramático em Perfume de Mulher. No mais sempre foi um ator que imprime seu talento em filmes de ação. Chegou a rejeitar papéis como o de Han Solo na franquia Star Wars, Capitão Willard de Apocalipse Now e Edward de Uma Linda Mulher. Filmes que poderiam dar a ele a oportunidade de se aventurar, se desafiar e surpreender (ou se afundar também é claro).
Desde que a juventude o abandonou, Al não consegue mais usar seu maior trunfo. O corpo. Todos os seus papéis memoráveis são marcados pela energia que Pacino trazia dos palcos. Todos os seus grandes personagens são compostos por muita movimentação, gestos bem colocados, impulsividade bastante verossímil e uma impostação vocal perfeita, fazendo bom uso do seu timbre de voz rouca.
O que acontece com Al é bem comum na vida de muitos profissionais quando atingem o auge da carreira. Acomodação. Robert de Niro que o diga. O mesmo que fez Táxi Driver, O Franco Atirador e Touro Indomável é o mesmo que hoje se conforma em fazer mafiosos caricaturados.  E o mesmo para Jack Nicholson o recordista de indicações ao Oscar (12). Só fazendo papel de maluco. Precisa de um “freak”? So, call Jack! Precisa não? Então liga não porque ele não vai nem se esforçar em fazer. Tomara que essa moda não pegue atores mais jovens com Edward Norton (que é ótimo, mas precisa desesperadamente voltar a fazer um bom filme) Christian bale, Denzel Washington (outro que precisa desesperadamente de um bom filme para fazer) James Franco e três em particular que além de serem bons, escolhem bem seus trabalhos; Brad Pitt, Johnny Depp e Leonardo de Caprio. Esses três tinham tudo para serem “os fofinhos” de Hollywood, porém fizeram a escolha certa. Vingar pelo talento. Com exceção à série Piratas do Caribe, principalmente o último.
Parece que a maturidade não cai bem em Hollywood, por isso vamos ter que nos conformar a ver Jack Nicholson só fazendo papel de maluco e Pacino e DeNiro em filmes policiais sem graça que acham que vão sobreviver pela simples presença dos tais.    
     

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